quarta-feira, 14 de setembro de 2011

fim da viagem



Isabella faz um ano




Queria viajar pelas estradas seguras dos Estados Unidos com uma Fat Boy, a menina dos olhos da Harley que com essas máquinas representa o American Dream, o American Way, o jeito americano do viver a vida intensamente

Tema de livros, de filmes,  queria transformar em realidade meu imaginário e viajar de moto  vinha acontecendo, então aumentar os percursos dependia da muitas circunstâncias.

A principal era a de conhece melhor os meus limites coporais e  a minha prática de conduzir

Comecei por pequenas viagens. Fiz  a Route 66 até Albuquerque quando então  decidi ter uma moto por aqui para amiudar e estender as viagens.

Quando conheci o autotrain da Amtrack  coloquei como objetivo a longa viagem de moto e de trem. Cogitei de fazer com amigos mas a viagem solitária  tomou conta de minhalma. Era necessário fazê-la só  como sonhador, rodando as estradas, narrando a história, com dedicação exclusiva com a obsessão de viver intensamente todos os momentos.

Devia completar minha preparação física como se fosse uma competição, marquei viajar neste setembro, aprofundei as preparacões da musculação, natação auxiliados pelo Pilates. Ivan, Daniel e Carla foram meus instrutores.  Iria usar suplementos alimentares que completariam pela resistência física.

Já com a moto comprada esbocei o percurso que o destino foi ajustando até se transformar nesta rota que começando e retornando a Miami, foi composta por três grandes cidade americanas, New York, Filadelfia e Washington.

Comigo viajam amigos por este blog, alguns confessam-meque os provoquei para cuidarem do tempo e da vida, sinônimos, e que se esgotam sem que percebamos o seu passar.

Caio,  Camila, Larissa, mulher de Caio,  e meus companheiros de trabalho, disseram-se estar por muito preocupados. Fizeram recomendações, alguma cumpri, outras esqueci. Afinal mais risco é viver. Viver é perigoso como disse Drumond e peito.

Houve os loucos trajetos noturnos sob tempestades.

Todos sabem entretanto como estou passandos dias de plena e efusiante alegria.

A única pessoa impassível que me compreende e aguarda-me para festejar o seu primeiro aniversário que já aconteceu mas a champagne será estourada aí no dia 18, foi  a IsabeLla, filha de Larissa e do meu filho Caio.

Para IsabLla dedico esta viagem na certeza que cumprirá o destino do homem, viajar para o encontro de si mesmo.

Isabela

Que  presente daria a ela?  Como marcaria seu primeiro ano neste mundo, senão deixar-lhe o exemplo de minha vida de estudos, trabalhos e muita ousadia pelos riscos que assumi. Sem riscos não há vitórias.

 Faço com esta viagem a entrega deste presente.

Sou praticante do maior heroismo que cada um de nós deve desejar, ser o herói de si mesmo.

Viver é um ato de heroismo para transcender-se e participar da  festa da humanidade com guerras e com paz, com tristezas e alegrias, com temperanças e insanidades.

A preparação para o heroismo, Isabela,  se faz desde que sem convite nem sua concordância foi colocada na festa da vida. A seu modo e para tanto  deve começar a programar seu cérebro.

Rir e dançar já trouxe no mais fundo primitivo de seu cérebro.


 Seus estudos  deverão ser árduos, e se for neles incansável construirá dentro de si os melhores programas mentais  que deverão compor a emoção de viver.

Tudo passará, a juventude, a beleza, mas a sua cultura não passará só aumentará se plantio cultural começar desde já.

Sua colheita será só sua mas dependerá do seu semear.

Comece o seu caminho com a frase de Antonio Machado, tão a gosto de sua avó que estará sempre ao seu lado: Caminhante não há caminho, faz-se o caminho ao andar.

Juan Manuel Serrat  Com Cantares  trouxe para a música  a poesia de Machado. 


Escutemos juntos pelo seu aniversário.



Ficam para você Isabela   a letra em duas línguas. Comece por  saber que   de que a línguagem de todos os povos tem origem naquela necessidade de se comunicar melhor pela fraqueza que ostenta diante do hostil  mundo animal. O homem trouxe a música dentro si mas acrescentou as palavras para expor sua alma. 

Para ler, cantar e dançar nas línguas do mundo  com as lições do poeta

Cantares

Todo pasa y todo queda,
pero lo nuestro es pasar,
pasar haciendo caminos,
caminos sobre la mar.

Nunca perseguí la gloria,
ni dejar en la memoria
de los hombres mi canción;
yo amo los mundos sutiles,
ingrávidos y gentiles
como pompas de jabón.
Me gusta verlos pintarse
de sol y grana, volar
bajo el cielo azul, temblar
súbitamente y quebrarse.

Caminante, son tus huellas
el camino, y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino,
sino estelas en la mar.

Hace algún tiempo, en ese lugar
donde hoy los bosques se visten de espinos,
se oyó la voz de un poeta gritar:
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar,
golpe a golpe, verso a verso.

Murió el poeta lejos del hogar,
le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse le vieron llorar,
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar,
golpe a golpe, verso a verso.

Cuando el jilguero no puede cantar,
cuando el poeta es un peregrino,
cuando de nada nos sirve rezar,
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar,
golpe a golpe, verso a verso.




Singings

Everything passes and everything stays,
but our thing is passing,
passing making paths,
paths over the sea.

I never pursued glory,
nor leaving in the memory
of men my song;
I love subtle worlds,
gravityless and gentile
like soap bubbles.
I like to watch them paint themselves
of sun and garnet, fly
under the blue sky, tremble
all of a sudden and crumble.

Walker, your footprints are
the path, and nothing more;
walker, there is no path,
the path is made while walking.
By walking a path is made,
And by returning your sight back
you see the path that is never
to be step on again.
Walker, there is no path,
but trails on the sea.

Some time ago, in that place
where today the forests dress themselves of Pine,
the voice of a poet shouting was heard:
Walker, there is no path,
the path is made while walking,
stroke by stroke , verse by verse.

The poet died far from his home,
The dust of a neighboring country covers him.
While distancing himself they saw him crying,
walker, there is no path,
the path is made while walking,
stroke by stroke , verse by verse.

When the goldfinch cannot sing,
when the poet is a pilgrim,
when praying gives us no use,
walker, there is no path,
the path is made by walking,
stroke by stroke , verse by verse.



Isabella coloquei o seu ensaio fotográfico para o álbum de sua festa com o que encerro


DE tudo sinto que está faltando alguém no seu aniversário. 

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