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Isabella faz um ano |
Queria viajar pelas estradas seguras dos Estados Unidos com uma Fat Boy,
a menina dos olhos da Harley que com essas máquinas representa o American
Dream, o American Way, o jeito americano do viver a vida intensamente
Tema de livros, de filmes, queria
transformar em realidade meu imaginário e viajar de moto vinha acontecendo, então aumentar os
percursos dependia da muitas circunstâncias.
A principal era a de conhece melhor os meus limites coporais e a minha prática de conduzir
Comecei por pequenas viagens. Fiz
a Route 66 até Albuquerque quando então
decidi ter uma moto por aqui para amiudar e estender as viagens.
Quando conheci o autotrain da Amtrack coloquei como objetivo a longa viagem de moto
e de trem. Cogitei de fazer com amigos mas a viagem solitária tomou conta de minhalma. Era necessário
fazê-la só como sonhador, rodando as estradas, narrando a história, com dedicação exclusiva com a obsessão de viver intensamente todos os momentos.
Devia completar minha preparação física como se fosse uma competição,
marquei viajar neste setembro, aprofundei as preparacões da musculação, natação
auxiliados pelo Pilates. Ivan, Daniel e Carla foram meus instrutores. Iria usar suplementos alimentares que
completariam pela resistência física.
Já com a moto comprada esbocei o percurso que o destino foi ajustando até se
transformar nesta rota que começando e retornando a Miami, foi composta por
três grandes cidade americanas, New York, Filadelfia e Washington.
Comigo viajam amigos por este blog, alguns confessam-meque os provoquei
para cuidarem do tempo e da vida, sinônimos, e que se esgotam sem que
percebamos o seu passar.
Caio, Camila, Larissa, mulher de
Caio, e meus companheiros de trabalho,
disseram-se estar por muito preocupados. Fizeram recomendações, alguma cumpri,
outras esqueci. Afinal mais risco é viver. Viver é perigoso como disse Drumond
e peito.
Houve os loucos trajetos noturnos sob tempestades.
Todos sabem entretanto como estou passandos dias de plena e efusiante
alegria.
A única pessoa impassível que me compreende e aguarda-me para festejar o seu
primeiro aniversário que já aconteceu mas a champagne será estourada aí no dia
18, foi a IsabeLla, filha de Larissa e do
meu filho Caio.
Para IsabLla dedico esta viagem na certeza que cumprirá o destino do homem,
viajar para o encontro de si mesmo.
Isabela
Que presente daria a ela? Como marcaria seu primeiro ano neste mundo,
senão deixar-lhe o exemplo de minha vida de estudos, trabalhos e muita ousadia
pelos riscos que assumi. Sem riscos não há vitórias.
Faço com esta viagem a entrega
deste presente.
Sou praticante do maior heroismo que cada um de nós deve desejar, ser o
herói de si mesmo.
Viver é um ato de heroismo para transcender-se e participar da festa da humanidade com guerras e com paz, com
tristezas e alegrias, com temperanças e insanidades.
A preparação para o heroismo, Isabela, se faz desde que sem convite nem sua concordância
foi colocada na festa da vida. A seu modo e para tanto deve começar a programar seu cérebro.
Rir e dançar já trouxe no mais fundo primitivo de seu cérebro.
Seus estudos deverão ser árduos, e se for neles incansável construirá
dentro de si os melhores programas mentais
que deverão compor a emoção de viver.
Tudo passará, a juventude, a beleza, mas a sua cultura não passará só
aumentará se plantio cultural começar desde já.
Sua colheita será só sua mas dependerá do seu semear.
Comece o seu caminho com a frase de Antonio Machado, tão a gosto de sua
avó que estará sempre ao seu lado: Caminhante não há caminho, faz-se o caminho
ao andar.
Juan Manuel Serrat Com
Cantares trouxe para a música a poesia de Machado.
Escutemos juntos pelo seu aniversário.
Ficam para você Isabela a letra
em duas línguas. Comece por saber
que de que a línguagem de todos os
povos tem origem naquela necessidade de se comunicar melhor pela fraqueza que
ostenta diante do hostil mundo animal. O
homem trouxe a música dentro si mas acrescentou as palavras para expor sua alma.
Para ler, cantar e dançar nas línguas do mundo com as lições do poeta
pero lo nuestro es pasar,
Nunca perseguí la gloria,
de los hombres mi canción;
yo amo los mundos sutiles,
bajo el cielo azul, temblar
Caminante, son tus huellas
caminante, no hay camino,
y al volver la vista atrás
Caminante, no hay camino,
Hace algún tiempo, en ese lugar
donde hoy los bosques se visten de espinos,
se oyó la voz de un poeta gritar:
caminante, no hay camino,
golpe a golpe, verso a verso.
Murió el poeta lejos del hogar,
le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse le vieron llorar,
caminante, no hay camino,
golpe a golpe, verso a verso.
Cuando el jilguero no puede cantar,
cuando el poeta es un peregrino,
cuando de nada nos sirve rezar,
caminante, no hay camino,
golpe a golpe, verso a verso.
Everything passes and everything stays,
but our thing is passing,
nor leaving in the memory
I like to watch them paint themselves
under the blue sky, tremble
all of a sudden and crumble.
Walker, your footprints are
the path, and nothing more;
walker, there is no path,
the path is made while walking.
By walking a path is made,
And by returning your sight back
you see the path that is never
Walker, there is no path,
Some time ago, in that place
where today the forests dress themselves of
Pine,
the voice of a poet shouting was heard:
Walker, there is no path,
the path is made while walking,
stroke by stroke , verse by verse.
The poet died far from his home,
The dust of a neighboring country covers
him.
While distancing himself they saw him
crying,
walker, there is no path,
the path is made while walking,
stroke by stroke , verse by verse.
When the goldfinch cannot sing,
when the poet is a pilgrim,
when praying gives us no use,
walker, there is no path,
the path is made by walking,
stroke by stroke , verse by verse.
Isabella coloquei o seu ensaio fotográfico para o álbum de sua festa com o que encerro
DE tudo sinto que está faltando alguém no seu aniversário.